quinta-feira, 6 de março de 2014

De todos os seus mais delicados traços, é certo que ela sempre seria lembrada por ser baixinha e ter jeito de criança, e seriam poucos os que a ela dessem cores: O tom claro da pele, os lábios cheios e róseos, os olhos azuis: claros e distraidos; e os cachos ruivos que caiam com calma por seus ombros, contornando o rosto sem nenhum atrativo especial. A menina não tinha uma beleza especial, e tinha perfume de maças. Estava longe de ser vaidosa, mas tinha uma criatividade que a levava aos gostos mais divertidos e elegantes. Tinha um passado difícil, uma personalidade esquecida, uma mascara bonita, o sonho de ser fotografa, paixão flores vermelhas e a cor azul. Uma familia difícil e linda, carinho por uma multidão de poucos amigos, e cuidado por tudo que lhe era doce. E amor, apenas por um, por ele e só ele. E seria sempre assim. Porque existe apenas uma semelhança entre a beleza e verdades dolorosas: Nelas não se mexe.

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