sexta-feira, 8 de julho de 2011

Garota de Lua

Ria, chorava, enganava, fingia, envenenava, criava intrigas, brigava, mentia, manipulava, sentia saudades, adorava, cuidava e o pior: Ela podia amar.

Amar como jamais pensou que amaria alguém, amar mais do que a si mesma, mais do que pensava que era possível. As lagrimas, vontade de se matar, ataques. Nada atrapalhava. Ela o amava, ela o queria, ele a fazia sorrir, chorar de alegria, se sentir especial. Morreu iludida.
Chorou, gritou, sofreu, sonhou, perseguiu, desistiu, desistiu de si mesma, chorou, sempre chorou, lamentou-se, superou e começou tudo de novo. E não importava a reação ou o que sentia tudo se resumia a ele. Tantos meses que podem ser resumidos em tão poucas frases: Eu te amo, eu te odeio, eu sinto sua falta, eu não quero te ver mais, somos amigos de novo.
Mas que droga! Ela o amava, amava seu sorriso e tudo nele. Mas sentia raiva, não dele, de amar ele! A letra da musica fazia sentido, contava seu sofrimento, a cena do filme mostrava seu final. Ele interrompeu seu presente, destruiu seu passado e roubou seu futuro. Ele era carinhosamente indiferente, e docemente egoísta em relação aos seus sentimentos. Era um idiota que só a faz sofrer! Mentira, exagero dela por não querer culpar a si mesma. Mas existe mesmo culpado? Agora, já não importa mais. O amor dele tinha prazo de validade, o dela não valia tanto assim. Toda as calunias que criou para atingir a si mesma.
No final das contas, ele não era o único problema, nem uma solução suficiente. Os problemas eram muito, grandes, insuportáveis. E a menina de varias personalidades - porque muda de humor com uma rapidez que ate se pensa não ser a mesma - fez a ultima coisa que se podia fazer. Ela desistiu de si mesma. Um, dois, três minutos... Ela não chora, ela não ri, ela é automática. A menina morreu.
E apesar de toda a felicidade entre eles, ela nunca mais seria feliz. Ele falava eu te amo, ela falava que era mentira. No final das contas, ele só não a amava como ela queria. O ano acabou, que comece a nova historia.

Ela se decepcionava demais, por motivos idiotas, mas que para ela, eram importantes. Pessoas que dizem algo diferente ao que disseram antes, em que suas ações são o inverso de suas promessas, estas machucam. E isso já era comum...

Na escola, ela decidiu ser ela mesma, se era para odiarem, que odeiem desde o inicio, mas não ia servir de seguidora a ninguém dessa vez, não ia ser usada para depois der abandonada. Foi um inferno para ela nos últimos três anos.

Chorou porque estava começando tudo de novo. Sentia-se vencida por todos aqueles que a odiaram pelos motivos mais estúpidos e finalmente se livraram dela.

Começou a pensar melhor. Sempre disse que nunca perdoaria uma traição, mentiras. Ela perdoou... Sempre disse que gostava de ser isolada, mas seu maior medo era ficar sozinha. Mudanças precisavam ser feitas, afinal, podemos não saber quem realmente somos, mas sempre sabemos o caminho que queremos seguir. Agora era só esperar a chuva parar...

E em todas as histórias, tem o momento em que a mocinha decide mudar. Mas, na real ela nunca foi mocinha e nunca foi vilã. Apenas era estranha.

"Sabe quando, para fugir dos problemas, você se fecha no seu mundo, mas esquece de si mesma? Eu fiz isso."